Como parte das comemorações em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no Dia 8 de Março, o Chame (Centro Humanitário de Apoio à Mulher) ministrou mais uma palestra sobre a violência doméstica, com o intuito de informar sobre os diferentes tipos de agressões praticadas contra as mulheres.
O evento foi realizado nesta segunda-feira (11), na Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seapa). O tema proposto, segundo a advogada do Chame, Aline Monteiro, busca conscientizar as mulheres para que saibam identificar as formas de violência e orientar as vítimas a como proceder diante de uma agressão.
“Muitas mulheres sofrem algum tipo de violência, e por desconhecimento, nem sabem que se trata de uma violência. As palestras são formas de conscientizar a vítima para que procurem ajuda, para que sejam resguardados os seus direitos. Durante todo esse mês o Chame ministrará várias palestras”, disse.
Aline ressalta ainda, que gradativamente o empoderamento da mulher vem ocorrendo, o que abre um leque para novas denúncias. E na maioria das vezes, quando termina a palestra, a equipe do Chame já inicia o atendimento, ainda no evento.
A mais comum e a mais difícil de identificar entre as violências domésticas é a psicológica, pois acontece silenciosamente. Muitas vezes, conforme explicou Aline, a vítima não tem consciência sobre o que está acontecendo. Ela citou como exemplo a ação do agressor em promover o afastamento da mulher do meio social, de proibir de estar na companhia de amigos e até da família.
No rol das agressões estão também a violência verbal, a patrimonial, a sexual e a física, fácil de identificar por deixar marcas. “Mas um aperto no braço, um puxão de cabelo, controlar o dinheiro e esconder documentos pessoais são também formas de violência que precisam ser combatidas”, reforça a advogada do Chame.
A economista Elizabeth Bessa, 62 anos, afirmou que o papel do Chame é fundamental no empoderamento de gênero. “É importante e deve ser mais divulgado, massificar a informação porque as mulheres que mais sofrem esse tipo de violência são as da periferia, por não terem conhecimento sobre seus direitos”, avaliou Elizabeth.
A servidora pública Marlete Nobre, 58 anos, disse que nunca sofreu e nem presenciou a prática da violência doméstica, mas avalia com essencial as palestras que tratam sobre o assunto alcançarem diferentes locais como escola, empresas e órgãos públicos em geral.
“Hoje temos que estar informadas, atentas a todas essas situações. Não se pode deixar para depois, é preciso denunciar. As mulheres não podem ter medo, mas sim atitude. Não podemos mais permitir maus-tratos e coação por parte dos homens”, afirmou.
Texto: MARILENA FREITAS
Foto: Eduardo Andrade
SupCom ALE-RR